PLV3122- Livro 22 – Diário, 25/03/2020
25/03/2020
Aquilo que consideramos de primaz importância, na realidade, tem uma existência tão curta quanto a sua capacidade de atendê-lo. Explicando: o corpo físico, a quem damos todos os privilégios, tem uma duração tão curta quanto a capacidade de entendê-lo, porque seu entendimento sempre foi feito só sobre parâmetros irreais. Isto é, não conseguimos ainda reconhecer e muito menos entender a sua finalidade sobre o planeta. O enchemos de glórias, títulos, haveres e bolsos cada vez os maiores, mas não conseguimos encontrar para que serve o corpo, com duração tão limitada, dificilmente alguém chega a alcançar 3 dígitos de existência e depois, no terceiro dia que a morte veio buscá-lo, inicia a apodrecer. Tudo o que sonhou durante sua permanência na Terra sequer o acompanhará até o cemitério. Todos os seus títulos e haveres se diluíram com o vento, mas os bolsos continuam para que os herdeiros briguem para usurpar a melhor parte. A essa vida, dessa forma, ruge como um leão para defendê-la. Quanto tempo durou? O suficiente para encher o seu ego e o seu orgulho e fazê-lo esquecer o porquê está neste planeta. A quem deveria honrar, faz questão de esquecer, e chega ao final desta existência capenga. A perna da matéria longa, pesada e pisando em quem se põe à sua frente. A perna do espírito, nanica, talvez do mesmo tamanho de quando formou para si esse corpo que o esqueceu. Nessa vida, a única coisa que precisa de atenção, reconhecimento e afeto é o espírito que vive pela eternidade. O corpo aparece e desaparece com a tempestade.
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