PLV2862 – Livro 21 – Diário, 08/07/2019
08/07/2019
Na vida na matéria, como se diz por aí, somos livres, somos donos do próprio corpo, somos donos do próprio nariz. Essa é uma forma simplória e insana de agir, porque, se o corpo fosse próprio, quem o deixaria ficar doente? Quem trataria como se fosse um escravo de uma mente insana? Quem deixaria seu corpo morrer? Dizer que o corpo lhe pertence é a mais insana forma de atestar a sua própria ignorância. Sei que vão me crucificar por causa disso. Não faz mal, porque há verdades que precisam ser largadas aos quatro ventos. Em primeiro lugar, o corpo não é seu, é do universo. Segundo lugar, o dono do corpo é uma essência que se chama alma, espírito, Atman ou o nome que se queira dar, pode ser também, EU SOU, ou Deus em ação. Em terceiro lugar, o consciente exterior, aquilo que se pensa que é seu, é apenas a consequência da individualidade consciente, com qual é permitido criar a própria vida na matéria, a estrada que se tem que trilhar. Em quarto lugar, o corpo é apenas um instrumento, como se fosse um carro, que o espírito usa para agir e interagir na matéria densa. O que dirias ao teu carro que te leva daqui para lá, se ele te dissesse: “Eu sou o dono do carro, eu faço o que eu quero, tu não mandas nada aqui”. Em consequência: é isso que estás fazendo com o quem lhe dá a vida e a existência e que subsiste, ao teu mísero corpo, pela eternidade. O corpo é de uso do teu espírito enquanto estiver preso na matéria, porque, depois disso sabes muito bem ara onde vais.
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