PLV578 – Livro 6 – Diário, 08/01/2012
08/01/2012
Na aurora de nossa existência éramos puros e inocentes. Vivíamos na comunidade. Tudo girava em torno do gregário. Ainda não havíamos descoberto as artimanhas da individualidade. Eles exerciam, na totalidade, o lema dos três mosqueteiros: “Um por todos e todos por um”. A comunidade toda vivia na paz. Colhiam e matavam os víveres para o alimento do dia, utilizando o resto do tempo para suas reuniões, que podemos chamar religiosas. Adoravam tudo o que lhes parecia superior e a eles dedicavam os seus cerimoniais, as suas danças e as pajelanças do feiticeiro e do cacique.
Quando começaram a descobrir a individualidade, junto descobriram os grilhões que os prendia aos resgates de coisas realizadas em vidas passadas. Começaram a sentir o peso do carma. Começaram a vivenciar coisas que em suas pretéritas existências não haviam. Tornaram-se avaros e assim, por milhares de anos, continuaram acumulando resgates de seu orgulho, de sua avareza, de sua inclemência para com seus irmãos. O pior de tudo é que ainda não aprenderam a lição.
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