PLV3127- Livro 22 – Diário, 30/03/2020
30/03/2020
Nos julgamos os santinhos do universo. Nos consideramos o suprassumo de uma sociedade decadente, não digo materialmente, mas moralmente. Os bons princípios ensinados pelos nossos avós e bisavós se perderam na poeira do tempo. Aquilo que era sagrado há algumas gerações passadas, hoje tornou-se esquecido e até vilipendiado. Partindo do respeito, a quem quer que nos fosse superior em idade ou posição da sociedade, era exigência da época, ser tratado com dignidade. Hoje, por exemplo, um policial que entra em uma comunidade é xingado até por crianças que ainda usam fraldas, com palavras proibidas de estarem aqui. Os filhos não respeitam os pais, nem que seja pelos seus cabelos brancos, quanto menos pela autoridade que precisam impor para dar princípios e limites, para quando começarem a voar, não se deixarem agarrar por nenhuma ave de rapina. Esta última geração está extrapolando a sua liberdade, transformando-a em libertinagem, porque se julgam melhores que todo mundo, achando que a sua verdade suplanta qualquer princípio ético ou moral. Hoje, estão recebendo uma boa lição, o problema será entendê-la, porque só entendem aquilo que acham e aceitam. Se tiverem a capacidade de baixar a cerviz e analisar como um pouco de humildade, verão que todos estão no mesmo barco, fugindo para tornarem-se prisioneiros em seus próprios lares, de algo tão inusitado que não se vê, e que no entanto tornou-se maior que a nossa vontade e desejo.
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