PLV2845 – Livro 20 – Diário, 21/06/2019
21/06/2019
Sempre nos desculpamos pelo nosso desleixo para com as coisas do espírito. Criamos qualquer desculpa para justificar a nossa tão pouca preocupação com as coisas que estão atrás da matéria, as coisas do espírito, as coisas do Pai, como dizia Jesus. Com estas coisas, o nosso espírito, não nos cutuca com uma baioneta no traseiro para nos fazer sentir a sua presença, agimos como se ele não existisse. É muito mais fácil, mais cômodo ignorar algo que não está palpável aos nossos sentidos obtusos, do que sair à procura de algo que não se tem, sequer, a noção de sua existência. Tem-se vago conhecimento daquilo que está escondido aos olhos da carne, que não nos imprime qualquer espécie de curiosidade de tentar saber do que se trata. A humanidade, normal e especialmente o grande vulgo, só está preocupada com aquilo que impressiona os cinco sentidos, e quanto mais brilhar aos olhos, maior valor lhe é dado. No entanto, disso tudo nada levará até a porta do cemitério, tudo escapará de suas mãos no momento em que a morte vier reclamar o seu corpo. Depois que deixar o seu corpo, não terá mais condições de reverter o desleixo, a irresponsabilidade e a incúria de seu corpo para com a essência que lhe deu a existência e sustentou um aparelho irresponsável e desleixado com a sua parte que subsiste pela eternidade. Deu ênfase, em sua vida física, somente aquilo que a traça corrói e o ladrão rouba. O espírito terá que voltar em outro corpo para tentar limpar-se das sujeiras que seu anterior corpo impôs sobre ele.
RCD2691– Raios ou Chamas RCD2691– Raios ou Chamas