PLV1886 – Livro 15 – Diário, 30/10/2016
30/10/2016
O ser humano se considera o único ser inteligente, até mesmo no universo. É claro que não são todos. Mas, com toda a sua lógica racional, suas deduções em grande parte não vão um palmo à frente do seu nariz. Não consigo entender como, com toda a sua inteligência, em seus arrazoados, considera-se inferior aos próprios vegetais. Em primeiro lugar, não acredita na vida após a morte. Muitos até desacreditam haver um espírito. A maioria das religiões prega a inexistência da reencarnação. Outras dizem que, quando morrem, o espírito fica dormindo, aguardando a ressurreição. As mentes que assim pensam, consideram-se menos que o grão de trigo, por exemplo. O trigo nasce, cresce, se reproduz na semente e morre. A semente continua carregando a vida do pé de trigo que lhe deu origem e, no momento em que for jogada na terra, refaz todo o ciclo que lhe deu a vida, nasce, cresce, se reproduz e morre. Quem não crê na reencarnação, não acredita que um grão de trigo possa gerar outro pé de trigo. A vida não desaparece com a morte, ela fica escondida, no trigo, fica na semente e no ser humano, no outro lado da vida e que chamamos de mundo espiritual. Não desaparece, apenas está escondida aos olhos da carne, mas continua, e, dentro de seu tempo, retorna a um novo corpo para continuar a ser vida. Na matéria ou fora dela.
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