PLV2457 – Livro 18 – Diário, 28/05/2018
28/05/2018
Muito se fala em caridade. É apregoada sobre os púlpitos, espalhada pelos quatro cantos e levada pelo vento. Mas onde está a caridade? Fica somente nas palavras, porque, fora isso, cada um procura passar a perna no outro. Ainda estamos demasiadamente bitolados pelo poder do ouro e da prata. Paulo Apóstolo dizia: “Posso falar a língua dos anjos, se não tiver caridade nada sou”. Essa é a grande realidade de nossa vivência, atualmente, em boa parte do planeta. A caridade é o marco que determina a vivência gregária de um povo. De que adiantam os títulos, a riqueza, se não podem estender a mão para quem necessita. Não se fala somente em dinheiro, mas em prece, em palavras e em pensamentos voltados a esses infelizes que estão a perder a esperança de viver. Um prato de comida talvez resolva muito mais do que uma esmola. O ser humano precisa voltar-se ao gregário, à vivência coletiva, tratar os outros como gostaria de ser tratado. De que adianta a evolução material de um povo se cada um vive seu mundinho, que cabe na tela de um celular? Muitíssimas vezes uma boa conversa, como diz o gaúcho, “e um mate sorvido ao pé do fogo”, valem muito mais do que o próprio dinheiro. A conversa, o diálogo, tem o poder de apaziguar mentes conturbadas. Isso também é caridade.
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