RCD1964 – Raios ou Chamas
Mensagem da Terra
Canalizada por Pamela Kribbe
continuação
Algumas vezes você poderá notar que está doando com base no medo de ser rejeitada pelo outro e para preservar a harmonia. No momento em que perceber que está doando a partir do medo, volte-se para a criança medrosa e diga-lhe: “Não precisa fazer isto. Você tem permissão para parar de doar. Eu cuido de você; você não está só! Você está em segurança comigo”. Esteja atento a esta dinâmica do medo: medo da solidão, medo de rejeição. E também perceba que você pode se sentir esgotado, vazio e desvitalizado quando doa demais.
A criança da alegria de viver, do contentamento, também pode ser um indicador para você aqui. Crie o hábito de lhe perguntar: “Do que você gostaria? O que seria bom para fazermos agora”? Porque não é errado nem egoísmo conceder-se esta alegria. Felicidade e alegria de viver são certamente sinais de desenvolvimento interior. Naturalmente, este conceito vai contra as tradições com as quais a espiritualidade vem sendo associada, tais como estar sempre sério, ser cuidadoso, consciencioso e responsável – todas aquelas características masculinas pesadas. Mas a verdadeira espiritualidade é cheia de alegria e do abraço da vida. Lembre-se desta forma de ver a vida quando doar demais, e quando se sentir exausto. Retorne àquela criança no seu abdome, que está conectada com a verdadeira espiritualidade, com a espiritualidade aterrada.
E observe a criança raivosa, aquela da qual você tem medo. Certamente as mulheres têm problemas com esta criança, porque ela vai contra a imagem milenar da feminilidade, segundo a qual a mulher é subserviente, complacente, generosa, carinhosa, doce e amável. Existe um tabu contra esta criança zangada. Mas é justamente ela que pode oferecer-lhe tanto! Ela o faz perceber quando está sendo desleal consigo mesmo. Ela o conscientiza do seu próprio valor e de quando você está prejudicando-o. Então, se sentir raiva no seu dia-a-dia, ou até mesmo um sentimento menos intenso, como irritação ou descontentamento, acolha-o. Tente não o desmerecer nem o esconder para manter a paz, ou porque lhe é desconfortável; mas realmente sinta-o. Pergunte à criança dentro de você por que ela está com raiva: “Coloque isto em palavras; permita-me enxergá-lo.” E aceite o que ela lhe disser seriamente.
Geralmente você espera mensagens da sua alma para encontrar seu caminho de vida. Mas sua alma fala com você através destas crianças, através do seu abdome, que está sempre aterrado, é poderoso e espontâneo. Você está constantemente recebendo informações através do fluxo de sensações no seu abdome, através das suas emoções e das suas crianças interiores. E eu lhes digo em alto e bom tom: “Leve isto a sério!!!”
Não procure tão “alto” pelas suas respostas. Quando você está envolvido demais com o fluxo do coração, é fácil cair nas armadilhas de doação em excesso, das quais acabamos de falar, e que são representadas por aqueles velhos estereótipos, aquelas velhas imagens da energia feminina. Faça a conexão com essas emoções primitivas no seu abdome: medo, raiva, alegria, entusiasmo, inspiração. Estes são os verdadeiros orientadores que você está buscando. Você se esqueceu de ouvir estas crianças no seu abdome por causa das suas tradições, como as formas opressivas de religião, entre outras coisas.
Este é um tempo de mudanças; vocês estão criando uma nova história; estão quebrando velhos tabus e por isto eu os respeito. É por isto que estão aqui na Terra – para mudar a energia coletiva da humanidade e sua própria energia individual; para voltar a fazer justiça na área do abdome e ser fiel à condição humana que todos vocês compartilham, tanto as mulheres quanto os homens. Pois nos homens também existem crianças interiores reprimidas. A energia feminina ferida afeta tanto os homens quanto as mulheres.
Veja mais uma vez estas três crianças no seu abdome e prometa-lhes sua devoção e dedicação. Imagine que você e suas três crianças se dão as mãos. Sinta a energia fluir. Sinta o que elas lhe oferecem: sua inocência, sua força vital, a verdade que elas falam, e sua clareza. Este é o conhecimento que realmente o ajuda.
Veja, inclusive, o que você lhes dá. Se realmente estiver aberto para essas crianças, elas o verão como seu guia, amparo e defensor, aquele que as ouve, aquele que está sempre disponível para elas. É isto que você lhes oferece, e elas ficam felizes por recebê-lo; sentem-se reconhecidas e apreciadas.
Obrigada pela sua presença
Direitos Autorais:
© Pamela Kribbe
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Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
PLV1986 – Livro 16 – Diário, 08/02/2017 PLV1987 – Livro 16 – Diário, 09/02/2017