RCD1963 – Raios ou Chamas
Mensagem da Terra
Canalizada por Pamela Kribbe
continuação
Permita a presença dessa criança em sua vida e no seu abdome. Faça contato regular com ela. Uma vez que você a tenha visto uma vez, poderá convidá-la com mais frequência no seu dia-a-dia, especialmente nos momentos em que estiver preocupado ou aflito, quando seus pensamentos estiverem no futuro ou no passado. Essa é a hora de perguntar o que ela tem vontade de fazer nesse momento. Isto ajuda a criança a se aterrar e o ajuda a ficar com ela.
Agora vamos convidar outra criança, que também faz parte do seu Eu. Esta é uma criança medrosa; uma criança que acumulou vários medos e não tem nenhuma solução para eles. Esta criança é a portadora dos seus medos. Uma criança é inocente; ainda não consegue construir muros, cercas ou limites para se proteger. Ela sente o medo direta e totalmente.
Esta criança deseja ser vista. Ela quer vir a você porque precisa da sua ajuda. Você é o pai e a mãe desta criança. Permita que ela esteja aí e observe sua aparência. Veja a contração ou tensão do corpo dela e sinta o que pode ou quer fazer por esta criança. Ajoelhe-se diante dela, estenda-lhe a mão e diga: “Venha cá, você está em segurança comigo. Não precisa pedir desculpas pelos seus medos; eu os entendo. Deixe-os aqui comigo”.
Sinta seu próprio poder no momento em que fizer isso. Você é capaz de receber os medos dessa criança. Você é capaz de aceitar esses medos com equanimidade e não mergulhar neles. Talvez se pergunte: “Como pode ser isto? Como posso saber se consigo transcender estes medos”? Mas há uma parte sua que é maior que esses medos, que tem confiança e coragem. Peça à criança alegre para entrar, sentar-se ao seu lado e confortar a criança medrosa. Mantenha sua atenção concentrada na área do seu abdome, e então veja essas duas crianças sentadas à sua frente. Ambas são belas, inocentes e puras. Nenhuma é melhor ou maior do que a outra. Ambas fazem parte da sua vida.
Agora, vamos à terceira criança. Esta é uma criança zangada. Talvez você a veja com punhos cerrados e bochechas vermelhas de indignação. Muitas vezes, na sua vida, você reprimiu a raiva, porque não era permitida; nem por você, nem pelo seu ambiente, nem pelas regras e a moral que lhe foram ensinadas. Mas agora ela é permitida. Esta criança é livre para se apresentar e não importa por que estava zangada, nem se estava certa ou errada. A questão é que a raiva é permitida e que esta criança zangada é aceitável.
Deixe que esta criança também venha a você – convide-a para entrar. Diga-lhe que gostaria de conhecê-la totalmente, que ela lhe pertence. Nesta vida, você foi ferido, foi rejeitado; decepcionou-se, e talvez tenha se sentido insatisfeito com a vida e as pessoas. É aceitável que isto seja visto. É permitido que a raiva e a frustação façam parte de você, porque esta criança lhe dará uma mensagem importante.
Com certeza, na área do abdome, esta criança lhe permite enxergar onde você se privou, onde você não teve voz ativa, onde você não estabeleceu limites claros para si mesmo. Esta é uma criança valiosa. Não ignore seus impulsos. Simplesmente lhe pergunte o que ela deseja lhe dizer. Pergunte-lhe o que ela precisa, o que a tranquilizaria. Esta criança o ajudará a entender e lidar melhor com o campo de energia do seu abdome. “O que eu quero? Quais são minhas necessidades”? Esta criança tem coragem; ela ousa fazer perguntas.
Hoje nós vimos como a energia, especialmente das mulheres, tende a se fixar em doar, cuidar, ser empática, estar presente para o outro e esquecer-se de si mesma; colocando-se em segundo plano, com a ideia de que dar é melhor do que receber, ou que se deve dar para ser reconhecido e, assim, amado. Isto o leva para fora do seu abdome e faz com que a criança em você fique mais zangada. E essa criança está certa, porque algo está fora de equilíbrio, algo está distorcido. Você não precisa doar tanto. E como você vai conseguir equilibrar o fluxo de dar e receber? Mantendo-se em contato com as crianças do seu abdome – as três – a criança da raiva, a criança do medo e a criança da alegria.
continua
PLV1985 – Livro 16 – Diário, 06/02/2017 PLV1986 – Livro 16 – Diário, 08/02/2017