PLV4051 – Livro 27 – Diário, 17/10/2022
17/10/2022
O caminho sempre é difícil quando se está no início da caminhada. O peso do corpo, as pedras e os espinhos que lá foram postas pelo próprio ser que nele está, as cobras e lagartos que espreitam o seu caminhar, quando não é um ser mais mortal, pelo desvio de conduta que houve em vidas físicas passadas, surgidos de seus atos, suas palavras e seus pensamentos e agora se apresentam no seu caminhar, como que a cobrar a ousadia de sua criação. É isso que acontece a todo ser autoconsciente, criado para o Jardim do Éden, mas que preferiu chafurdar nas atrações da matéria, esquecendo sua outra parte divina que compõe seu corpo físico. O corpo normalmente esquece sua dualidade matéria/essência. A ele, é visível, palpável e intelectível somente as coisas físicas. No entanto, sua essência, alma, espírito ou Átman, como queiram chamar, é que dá a existência e a vida ao corpo que tem, mantém as miríades de átomos perfeitamente equilibrados para manter seu corpo físico. Isso não se apresenta à sua frente, mas está dentro de seu corpo, cuja sede é o centro do coração. Aqueles que não conseguem conectar-se com o centro de seu coração sempre terão uma caminhada difícil. Aquelas que já percebem, sentem dentro de si algo maior que aquilo que é palpável, sua caminhada sempre vai sendo gradativamente facilitada, ao ponto de até possibilitar ao corpo físico a bilocação, isto é apresentar-se em vários locais ao mesmo tempo. Para chegar a isso, precisa o ser libertar-se de todas as perebas guardadas em seu corpo, de forma que ele possa apresentar somente luz.
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