PLV3361 – Livro 23 – Diário, 18/11/2020
18/11/2020
O caminho que nos leva à perfeição, no início, é bordado de espinhos para quitar nossas desavenças com nossos irmãos. A cada passo, esses espinhos transformam-se em rosas, porque, curados de nossas quezilas e de seus resultados, surgiram as rosas também. Há de se ter um cuidado muito grande ao manusear as rosas, porque elas também têm espinhos, mas só ferem aqueles que, afoitos, querem se adonar delas. As rosas não são para colheita individual, são para lazer e para demonstração da benquerença entre todos. O melhor local que as rosas devem estar é nos jardins, à beira das estradas, onde sempre exalarão o seu perfume, o perfume da pureza dos corações. Se colhidas, em pouco tempo murcham. O melhor local onde podem estar é onde elas nasceram e lá devem ficar até o momento de ter cumprido a sua programação, para que, no próximo, período rebrotem mais lindas e viçosas. Esse deve ser, simbolicamente, o nosso transitar pelo planeta. Deixar de ser só espinhos que ferem quem se aproxima. Melindram e achacam aqueles que tentam tomá-las para si. Eventualmente, dar-lhe um pouco de água e o sentir benfazejo de seu perfume já é suficiente para acalmar almas perturbadas, que buscam o equilíbrio em sua existência, que muitas vezes é causado pela sua própria ineficiência em tratar os deslizes da própria personalidade, que, na falta de experiência ou descuido, facilmente fere o outro com os próprios espinhos da flor que tanto adora. Calma, raciocina, sopesa na balança da vida antes de agir tempestuosamente.
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