PLV3317 – Livro 23 – Diário, 05/10/2020
05/10/2020
A morte, a ceifadora do universo, bateu na porta de nossa família. Hoje o corpo de meu irmão mais velho será levado ao cemitério, local onde os átomos que formavam o seu corpo retornam novamente ao informe. Quantos terão a capacidade de ver naquele corpo somente um instrumento, um veículo em que a essência, a alma, o espírito que aqui se chamou Nelson? Poucos, infelizmente muito poucos, porque foi incutido a essa civilização, até muito mais valor ao corpo, um mero instrumento, a supremacia por todo o resto desse universo. Mas, tempo virá, espero, em que os seres se convençam de que o corpo, como qualquer instrumento, tem uma validade, uma existência limitada, ao passo que a essência, a alma ou o espírito, como queiram chamar vive pela eternidade, como diz no livro Conversando com Deus, “não teve início e nem terá fim”. Isso porque, antes de a essência Nelson surgir como uma individualidade, era uma partícula do Deus Uno Pai/Mãe, que, ao ser individualizada, precisou de um corpo material para interagir na matéria, isso para poder evoluir. Apesar de nossa convivência não ter sido muito grande, eu morava distante e uma vez por ano visitava minha família, mas isso foi suficiente para poder dizer que eras um homem reto, com todas as falhas que todos os homens têm, mas a tua alma era pura e é somente isso que importa, porque todo o resto passará, mas a essência retorna ao seio do Pai, com certeza melhor do que quando desceu à Terra para chamar-se Nelson.
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