PLV3218 – Livro 22 – Diário, 29/06/2020
29/06/2020
O que diferencia a vida neste e no outro mundo se expressa por duas realidades antagônicas, como se foram os extremos de uma mesma corda. Aqui na matéria, a vida se apresenta pelo que se parece ser. Como diz a fábula, “lobo em pele de ovelha”. São realidades que não se conseguem nunca quantificar. Está-se sempre, ao menos a maioria, representando um papel, qual o artista. Quando aparece com sua própria vestimenta e cara, poucos o reconhecerão. Aqui, vive-se na aparência, quase que num “faz de conta”. Do outro lado, na outra ponta da corda, no mundo espiritual, ninguém parece ser, todos são exatamente aquilo que são, porque lá não há subterfúgios. Não há como esconder a cara e nem os pensamentos, porque todos são a luz que conseguem emitir, e o pensamento é a forma de comunicação dos que estão do outro lado da matéria, na vida após a vida. Diferença gritante essa, de quem está aqui e de quem está lá. São os parâmetros que diferenciam cada umas dessas realidades. É como se aqui estivéssemos imersos na bruma, onde nada se pode identificar, tudo se apresenta de forma não real, ao passo que lá é como se estivesse ao sol do meio-dia, onde tudo brilha, demonstrando a sua real face. Essa é a realidade das coisas. Aqui, o mais nobre dos cavaleiros, do outro lado, poderá ser o mais humilde dos habitantes da eternidade. Aqui está a diferença que precisa ser equacionada. É aqui que formamos o que pareceremos quando estivermos do outro lado da vida. É aqui que criamos o colchão de penas ou de pregos para nos deitarmos após esta existência terrena.
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