PLV3206 – Livro 22 – Diário, 17/06/2020
17/06/2020
Estamos agindo como o servo preguiçoso que não aplica toda a sua capacidade nas obras de seu dono. Isso está distribuído na maioria dos seres deste planeta, para não se dizer a quase totalidade. Somos aqueles seres que, no final da carreira, o patrão pede o seu último serviço, dizendo: eu quero que, antes de te aposentares, construa esta última casa, e dá ao operário o projeto. Desgostoso, o operário trabalhando de mau gosto, fez um trabalho, dá para dizer, porco. Quando a casa estava pronta, o patrão disse para o operário: “esta foi tua última obra para mim, e pelos bons serviços que me prestastes, aqui está a chave da casa, é tua”. Em nossa vida, agimos como esse operário: para os outros, para a matéria, dedicamos todo nosso esforço, mas quando é para o nosso espírito relaxamos, o pouco que fazemos, o fazemos de mau gosto. Esquecemos que a matéria apenas serve ao espírito. Ao espírito, o que fazemos, uma obra porca? Outra coisa que se esquece também é que o espírito é quem somos, o corpo é apenas um mero instrumento que quando não servir mais, é devolvido (os seus átomos) ao informe. O espírito, nós é que permanecemos para a eternidade, e tendo que sofrer ou gozar das obras que nosso corpo nos deixou. Esse é todo o cerne da questão, a grande realidade. Descemos à matéria para evoluir e encontrarmos um corpo que, além de nos prender, nos obriga a um canto escuro de nossa mente, até sem pão ou água. Se não agirmos contra essa insanidade coletiva, estaremos agindo como o caranguejo, que anda para trás. Nosso destino, então, será um planeta inóspito para ser colonizado.
RCD3051 Raios ou Chamas RCD3052 Raios ou Chamas