PLV2921 – Livro 21 – Diário, 05/09/2019
05/09/2019
Muitos, ignorantemente dizem: “É meu corpo, eu faço o que quero”. Ledo engano. Nosso corpo não é nosso, é do universo, nos foi emprestado por um curto período, estimado pelo nosso tempo, para nos servir de veículo do espírito para poder interagir na matéria densa. Prova é que ficamos com ele algum tempo e depois o universo pega-o de volta. A degradação que estão sofrendo os princípios éticos e morais é tamanha que cada um se julga no direito de agir como um animal selvagem para conseguir e proteger o seu alimento. A humanidade está se perdendo pelos descaminhos de filosofias político-religiosas que a está induzindo a atitudes irracionais, se vistas pelo crivo da razão, ou antigregária se vista pelo crivo da convivência social humana harmoniosa. Cada um se julga no direito de tudo e o outro que “vá plantar favas”. Especialmente no tocante aos governos. A única coisa que interessa é o meu país, os que me seguem, os outros e os outros países que se virem. Esquecemos a maior lição de convivência dada pelas tribos indígenas, não os aculturados, mas os que vivem isolados nas selvas. Tudo é feito em comunidade. Todos comem o que foi colhido no dia. Todos veneram juntos, muitas vezes de mãos dadas, com danças efetuadas nos terreiros da tribo a divindade que entendem existir. Ao contrário, o homem que se diz moderno, civilizado, usurpa o que pode e o que não pode, até da dignidade humana dos outros, contanto que lhe renda lucros. Quem utiliza melhor o seu corpo, deu a ele o melhor sentido de vida. Não somente a vida do corpo, mas, especialmente, a vida de quem lhe dá a vida.
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