RCD1909 – Raios ou Chamas
Mensagem de Jeshua
Canalizado por Pamela Kribbe
continuação
Este sentido natural do tempo ou ritmo também pode fazer parte da vida na Terra. A subjetividade do tempo, isto é, o fato de que o tempo pode ser experimentado de formas diferentes em várias circunstâncias, é familiar a todos vocês. Vocês dizem que “o tempo voa” quando vocês estão se divertindo, enquanto o tempo parece ficar parado quando estão na sala de espera do dentista, ou numa fila no supermercado.
Agora, o cético dentro de vocês poderá dizer: o tempo é percebido como vagaroso, quando as circunstâncias experimentadas são negativas, enquanto o tempo parece ir mais rápido quando as circunstâncias são positivas. Mas, o tempo em si é sempre o mesmo, tiquetaqueando da mesma forma rígida, independente de como vivenciamos as coisas.
Esta é a noção de tempo de “estrutura objetiva”, também chamada noção linear de tempo. Ela se origina de uma abordagem racionalista, científica do tempo.
Mas, imaginem que não existissem relógios, nem noite e dia, nem quaisquer influências naturais como o sol, a lua e as marés, com as quais se pudesse medir o tempo. Então, vocês só poderiam confiar no seu sentido subjetivo de tempo. Sua medida objetiva de tempo – o relógio – não se baseia realmente em alguma coisa externa; ela é o produto da mente humana que deseja dividir e classificar. A mente humana extraiu certos tipos de coisas do fenômeno natural da Terra. Mas “o tempo em si”, independente do fator humano, não existe. É uma ilusão, que é o produto de um tipo de consciência que está presa na crença da separação.
O tempo é essencialmente subjetivo. O tempo é uma forma de moldar a experiência de tal forma que vocês possam compreendê-la. Por exemplo, às vezes vocês dizem de alguém: “Ele é uma alma velha”. Vocês realmente estão pensando no número de anos ou de vidas dessa pessoa, quando se referem à velhice da sua alma? Ou estão querendo dizer que ela expressa certas qualidades, como sabedoria, equilíbrio, serenidade, mais do que uma certa quantidade de tempo? A referência ao tempo, na expressão “alma velha”, é realmente uma referência à experiência.
O tempo, no sentido completo da palavra, é a “dinâmica do vir a ser” no nível interno. Pode ser um conceito útil, enquanto os ajude a articular o ritmo ou fluxo natural das coisas. Mas, quando concebido como uma coisa objetiva, pairando sobre vocês, ele tende a limitá-los e a distrai-los. Vocês não estão limitados a uma determinada linha de tempo. Vocês não são um ser linear. Existem níveis do seu ser que estão fora da estrutura do tempo que vocês estão vivenciando no presente. É para este aspecto de vocês, isto é, para a sua multidimensionalidade, que nós queremos dirigir a sua atenção agora.
MULTIDIMENSIONALIDADE
De acordo com a noção linear de tempo, você não pode estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo. Por “você”, o conceito linear quer dizer o seu corpo, seu cérebro e sua consciência, que, de alguma forma, está presa ao seu corpo/cérebro (a ciência ainda não consegue explicar exatamente como o corpo e a consciência estão “amarrados”, mas ela afirma – geralmente – que a consciência não pode existir sem um corpo físico).
De acordo com o conceito “completo”, subjetivo, de tempo, você está presente onde quer que a sua consciência resida. Onde você está, no tempo e no espaço, é determinado pelo foco da sua consciência e não pela localização do seu corpo.
Por exemplo: você está na estação, esperando que o seu trem chegue. Como ainda vai demorar algum tempo, você se senta e fica ali fitando o nada e, sem perceber, você entra num estado ligeiramente alterado de consciência. Você está pensando em alguém com quem você esteve conversando ontem. Você se lembra claramente de toda a conversa e de como você foi afetado por ela. Você revive alguns aspectos da conversa, trazendo-a do seu passado para o seu momento do Agora. O que realmente está acontecendo aqui, é que você está viajando para o passado e visitando as energias daquele momento outra vez. Suas energias do Agora interagem com as energias do Passado, possivelmente criando alterações na sua experiência daquele momento e, assim, alterando o passado.
Por “alterar o passado”, nós não queremos dizer que você altera alguns aspectos físicos, mas que você os cobre com uma interpretação ou perspectiva diferente. Entretanto, ao alterar o conteúdo percebido de um certo acontecimento passado, você está, num certo sentido, alterando o acontecimento para você.
Apenas pense neste exemplo.
Você teve uma conversa com alguém, que ficou muito ofendido por causa de um comentário seu, que realmente não tinha nenhuma intenção de ser uma crítica. Essa pessoa, com quem você estava falando, começou a destratar você e logo foi embora. Você, por sua vez, acabou ficando ofendido, sentindo-se mal compreendido, zangado e chocado ao mesmo tempo. Depois que você chegou em casa, ainda se sentiu aborrecido por algum tempo, mas depois deixou essa questão de lado e teve uma boa noite de sono. No dia seguinte, na estação, você teve que esperar o trem e então, subitamente, lembrou-se daquela conversa esquisita, onde as coisas acabaram mal de uma forma tão surpreendente. Agora você olha para isso de uma perspectiva diferente e, de repente, você percebe porque o homem se sentiu tão ofendido com o seu comentário. Você se lembra de alguns fatos do passado dele, que você tinha simplesmente esquecido antes de ter aquela conversa. Agora você pode ver a reação emocional dele sob uma luz completamente diferente, principalmente como não tendo nada a ver com você. Não era você que estava causando a dor; você apenas trouxe à tona uma antiga ferida de dentro dele. Esta perspectiva ativa uma resposta emocional diferente dentro de você. Você sente um certo alívio interno e, sim… perdão. “Ah, agora eu entendo… pobre sujeito”.
continua
PLV1931 – Livro 15 – Diário, 14/12/2016 PLV1932 – Livro 15 – Diário, 15/12/2016