PLV3172 – Livro 22 – Diário, 14/05/2020
14/05/2020
Esta civilização que iniciou sua caminhada aqui no planeta Terra, talvez há 12 ou 13 mil anos, como os homens das cavernas, caminhou, evoluiu, conseguiu dominar os 4 elementos, e hoje vive reclusa em seu próprio lar, com medo de um ser tão diminuto, que para ser visto precisa ser aumentado milhares de vezes. Uma caminhada longa, muito experienciou, muito aprendeu, mas esqueceu do principal. Esqueceu que não é dono de nada, porque nada o acompanhará para sempre. Esqueceu de quem é. Esqueceu que, quando ainda na selvageria, curvava-se a um ser que não conhecia. Não o temia porque vivia com ele. Parte de seu dia era dedicado a esse ser que considerava um Deus, a mata, a lua, o sol, as estrelas a quem dedicava as suas danças e cantigas. Onde foi essa sua referência a quem considerava maior do que ele? Ali é que estava a pureza, mas não podia parar ali, porque seu DNA o empurrava para a evolução. Assim, andou muito, desenvolveu sua inteligência, descobriu quem tinha a capacidade de prendê-lo e escravizá-lo, o dinheiro, algo sem valor, mas que representavam valores. Isso o segregou, isso o dividiu, isso o classificou e o fez esquecer aquele ser dançarino que dançava para a lua, o sol e a mata. Estava decretada a decadência de grande parte da humanidade. Hoje essa decadência o lançou em sua prisão-lar particular. Quem sabe assim, ao menos alguns possam repensar o seu passado, não para voltar às selvas, mas para descobrir dentro de si, quem realmente é, aquele ser que sobrevive pela eternidade.
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