PLV3137- Livro 22 – Diário, 09/04/2020
09/04/2020
A falta de conhecimentos nos condicionou a reconhecermos a vida somente na matéria, naqueles seres que têm a capacidade de se movimentar. Ledo engano este. Pois, na realidade, a vida não está na matéria, a vida está na energia que aglutina uma quantidade de átomos, formando uma apresentação, à qual damos o nome de vida. Essa não é a vida, é apenas uma forma como a vida se apresenta. Diz-se, sempre, que o ser humano, quando morre, perde a vida. Pelo contrário, é com a morte do corpo que a vida ganha liberdade, porque o corpo é apenas um escafandro que aprisiona a vida dentro dele enquanto ele, digamos assim, está vivo. A vida é a energia que mantém o corpo e tudo o que há no universo. Diz, lá no Gênesis, que Deus criou um boneco de barro e soprou nele o Seu hálito. Isso quer dizer apenas que o que dá a vida é o hálito, partícula de Deus, e o corpo é apenas um boneco de barro. Essa é a grande realidade. Jesus também se referiu a isso dizendo: “És pó e em pó hás de tornar-te”. No entanto fizemos de nosso corpo (escafandro, roupa de mergulho) o suprassumo de tudo o que existe. O enchemos de pedras preciosas, ouro e prata, sendo que isso tudo não chega até o cemitério, pois os herdeiros já lhe tiraram, quando ainda no caixão, para que não fosse usurpado no cemitério. Nada disso levará para a vida após a vida. Para lá, só vai a vida, a energia que mantinha aquele corpo vivo. Desse conhecimento e aplicação é que o rico poderá fazer muitos pobres se alimentarem dos restos de sua mesa.
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